Pra curtir meus últimos dias de morador do Rio, aproveitei a manhã de hoje e pedalei de Copa ao mirante do Leblon. E curti a cidade chuvosa (pois merece ser amada mesmo em dias assim). E pensei o porquê de sofrer com o abandono dessa paisagem e dessa atmosfera. Pois o Rio é sobretudo isso: paisagem e atmosfera. Avaliei ainda o quanto gosto de BH, mas porque BH é minha família, são meus amigos. BH não é uma cidade, mas um endereço de gente que amo. Amo o espaço pelo amor que nele conservo e isso já é o bastante pra garantir felicidade ali.
Confesso: fiz amigos maravilhosos e especialíssimos no Rio, gente que entrou na minha vida para nunca mais sair. Mas o Rio não se ama pelos amigos. Ou não só por isso. Até porque, aqui a maioria (admitam!) são amigos de praia, amigos de rua, amigos do espaço aberto que a cidade oferece e que enreda numa união ou em encontros que dependem quase sempre dela, a cidade. É isso: “Nos vemos”... na praia, no calçadão, de frente a, por aí. Rio é o lugar e os amigos uma consequência geográfica. A cidade se torna o verdadeiro amigo em comum que todos têm e que a todos une.
Fiquei amigo do Rio, amigão. Por isso lembro de Carrie e de como explicava sua relação com NY, que influenciava no humor, nas relações, nos desejos, no sexo, na vida. Exatamente como hoje é para mim e para grande parte dos que no Rio vivem ou viveram. Sobre esta cidade, diria a minha Carrie Bradshaw dublada: “Non è logica, è amore”.
Pois é, Rio. Foi um imenso prazer.
Pois é, Rio. Foi um imenso prazer.
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