Dia desses, ele cismou de ciumar.
Cismou, de cisma sem nome, que ela, vendo um outro rapaz, cimentou o olhar. Cimento armado, olho vidrado, foco milimetrado, sem piscar pra não perder. Os olhos-só-pra-mim que antes eram dele, coitado, estavam encabulados de coisa que ele não podia entender.
Justo aquele cabra arretado, cheio de um ciúme danado, terminou paralisado e o olhar dela escapado, tão vadio e descarado, decidiu logo esquecer.
É que ele tinha cismado, de cisma sem nome, que o seu olhar mais cimentado, aquele bem caprichado, seria pra sempre dela. Mesmo sem ela querer.
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